The Windows

The Windows (by George Herbert)

Lord, how can man preach thy eternal word?
     He is a brittle crazy glass;
 Yet in thy temple thou dost him afford
     This glorious and transcendent place,
     To be a window, through thy grace.
 
But when thou dost anneal in glass thy story,
     Making thy life to shine within
 The holy preachers, then the light and glory
     More reverend grows, and more doth win;
     Which else shows waterish, bleak, and thin.
 
Doctrine and life, colors and light, in one
     When they combine and mingle, bring
 A strong regard and awe; but speech alone
     Doth vanish like a flaring thing,
     And in the ear, not conscience, ring.
As Janelas


Senhor, como pode o homem proclamar tua palavra eterna
     Se ele é tolo, frágil vidro somente;
 Eis que em teu templo você lhe oferta
     Este espaço esplêndido e transcendente,
     Para ser uma janela, por tua graça, presente.
 
Mas quando tu amalgamas em vidro tua história,
     A fazer tua vida brilhar no íntimo
 dos sagrados oradores, então a luz e a glória
     mais veneráveis ficam, e magnífico
     vem a ser o que seria aguado, escuro e fino.
 
Doutrina e vida, luz e cores, unificadas
     A se combinarem e misturarem, atraem
 respeito intenso e estupor; eis que, por si mesmas, 
     como chamas de velas, as palavras desaparecem
     E no ouvido, não na consciência, resplandecem. 

Por Francisco José L. Rocco

Nascido em Sâo Paulo, SP, em 05 de Março de 1953.