The Temper (O Amálgama)

Tyger Tyger, burning bright, 
In the forests of the night; 
What immortal hand or eye, 
Could frame thy fearful symmetry?

In what distant deeps or skies. 
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare he aspire?
What the hand, dare seize the fire?

And what shoulder, & what art,
Could twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat.
What dread hand? & what dread feet?

What the hammer? what the chain,
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp.
Dare its deadly terrors clasp?

When the stars threw down their spears 
And water'd heaven with their tears:
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?

Tyger Tyger burning bright,
In the forests of the night:
What immortal hand or eye,
Dare frame thy fearful symmetry?
Tigre, Tigre, que de brilho inunda
As florestas na noite profunda;
Que mão imortal ou olhar teria	
Ousado criar tua terrível simetria?

Em que fundos abismos, em que céus 
Queimou  o fogo destes olhos teus?
Com que asas ele se elevou?
E que mão, agarrar o fogo ousou?

E qual força, de que arte lançou mão,
Para entrelaçar as fibras de teu coração?
E quando teu peito pulsou pela primeira vez,
Que mão estremeceu? Tremeram quais pés?

Qual o martelo? Com qual corrente?
Em que fornalha se formou tua mente?
Qual a bigorna? Que palma, cheia de temores,
Se atreveu a agarrar tais mortais terrores?

Quando as estrelas suas lanças dispararam 
E os céus, com lágrimas elas inundaram:
Ao te olhar, quem te criou sorriu?
Quem te fez, também o cordeiro produziu?

Tigre, Tigre, que de brilho inunda
As florestas na noite profunda;
Que mão imortal ou olhar teria	
Ousado criar tua terrível simetria?

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Por Francisco José L. Rocco

Nascido em Sâo Paulo, SP, em 05 de Março de 1953.